A VIDA NO
ESTADO DO TOCANTINS APÓS A EMANCIPAÇÃO DO NORTE GOIANO.
Prof.
José Messias Barbosa da Silva1
Prof. da
disc. de Geografia e História da Esc. Est. J.K de Oliveira - Pau D’arco (To).
www.geohistoriajk.blogspot.com.br
INTRODUÇÃO
A vida no
estado do Tocantins após seu desmembramento da região do estado de Goiás com
certeza foi recebida com grandes possibilidades de crescimento da região e para
as pessoas era vista como uma nova etapa de suas vidas que estavam começando.
Mas não podemos nos prender somente a esta visão de espaço territorial é
preciso entender também que para muitos nortistas goianos, que, agora são chamados
de tocantinense, isso não fazia a menor diferença, pois não sentia a presença
do estado influenciar em sua pacata vida que era subtraída basicamente da
natureza. Pois se ela não fosse arrancada dali tudo bem, não interessava se
era goiano ou tocantinense e isso não fazia a menor diferença.
A VIDA NO ESTADO DO TOCANTINS APÓS A
EMANCIPAÇÃO DO NORTE GOIANO.
Em uma
primeira observação percebemos duas visões de entendimento de divisão
territorial: (1) para quem fazia parte do processo diretamente e indiretamente
havia grandes possibilidades de ter autonomia e crescimento da região em vários
setores. Assim é preciso entender que do lado dos lideres do movimento o
interesse não era simplesmente pelo desenvolvimento social e econômico da
região, mas sim para conquistar nessa nova região suas autonomias de poder
político e seus anseios de monopólio político e econômico. (2) mas para outro
grupo da sociedade nortista que acompanhava a luta separatista, a divisão era
vista como uma conquista de autonomia econômica e social que traria grandes
desenvolvimentos em vários setores da sociedade principalmente em
infraestrutura, saúde, educação que tanto era deficiente no estado.
O ano é 2012. Como está a vida dos
antigos nortistas goiano? Que agora com muito orgulho são chamados de tocantinense. Conquista efetivada em 05 de outubro de 1988 pelo artigo 18 da
Constituição Federal do Brasil e efetivada no artigo 13 Atos das Disposições Constitucionais Transitórias - Faremos uma breve observação em alguns
setores, no que tange em mudanças de desenvolvimento do estado. Começaremos
pelo setor econômico que era basicamente dependente da pecuária, extração
mineral e vegetal e observamos também que muitos tocantinense viviam as
margens dos rios Araguaia e Tocantins e tirava sua sobrevivência da pesca e
plantio de alguns alimentos, não chegando a ser contada como contribuição no
setor econômico. Como já foi dito, anteriormente, para essas pessoas a divisão
não faria muita diferença.
Com
isso observamos que hoje esse setor já possui um grande potencial no mercado
nacional e internacional. Hoje A economia do estado do Tocantins
tem como principais atividades o comércio, os serviços, a pecuária e a agricultura
de subsistência. O comércio e os serviços estão concentrados na
capital do estado, Palmas e nas cidades ao longo da Rodovia Belém Brasília. A
atividade pecuária se concentra no vale do Araguaia, sendo principalmente
voltada para a criação de gado para corte e de suínos. Esses são os principais
artigos exportados pelo estado: Na agricultura, destaca-se o cultivo do arroz,
da soja, do feijão, do milho, da mandioca e da cana-de-açúcar. Concentradas na
capital, Palmas, e nas cidades de Araguaína, Paraíso do Tocantins, Porto
Nacional e Gurupi, as indústrias do Tocantins produzem principalmente para o
mercado interno, e são de pequeno ou médio porte. O turismo no estado também
vem crescendo bastante e está relacionado às belezas naturais do estado, se
constituindo, dessa forma, em ecoturismo. A principal atração do estado é a
Ilha do Bananal, maior ilha pluvial do mundo, o Jalapão com sua beleza natural
e as belas praias dos Rios Araguaia e Tocantins.
Um dos fatores importantes
a ser observado no estado é o setor educacional, que muito precário na época de
Goiás nesta região, hoje já abre portas para grande parte da sociedade que busca
se desenvolver no mercado de trabalho, principalmente no setor de serviços. O
estado aos poucos está se tornando um polo da região norte para quem busca
desenvolver o conhecimento acadêmico, com a expansão da Universidade Federal do
Tocantins que abriu suas portas em 2003, e outras tantas Faculdades que estão
se estalando no estado. A educação básica também se desenvolveu bastante desde
o oferecimento de todos os níveis em 100% dos municípios que só foi possível em
1992 com a criação do Programa do Governo Estadual o “SOME” (Sistema
Organizacional Modular de Ensino), que levou a todos os municípios que não
tinham o 2º grau, e uma das importâncias desse programa era que ele era de
nível técnico em magistério. Formando assim vários professores no estado, que
tinha uma grande carência de profissionais qualificados para desenvolver o
ensino de qualidade. Destacamos também a construção de vários prédios
educacionais no estado.
Outro setor que podemos
destacar no estado é a infraestrutura. Setor que ganhou grande impulso com a
criação do estado, principalmente com a construção da Capital e depois se
expandiu aos poucos pelo estado. Identificamos várias cidades que por muito
tempo não tinham se quer um posto de saúde, luz elétrica, saneamento básico,
principalmente água tratada, entre outros elementos básicos de sobrevivência. E
isso tudo por volta de 1990, bem recente, diante da existência do estado de
Goiás. Ainda no setor da infraestrutura o estado se desenvolveu bastante na
construção, reforma e pavimentação de suas rodovias. E em todas as cidades do
estado observa que quase todas as suas ruas são pavimentadas. Claro que em
varias cidades do estado há uma negligência do setor público para manter os
órgãos públicos em perfeito estado de conservação, mas isto é outro debate.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Assim sendo, para o Tocantins a
divisão teve aspecto positivo, pois seu desenvolvimento e crescimento são
visíveis em todos os setores, mas não podemos deixar de fixar que apesar desse
desenvolvimento o estado tem grandes dificuldades de garantir a qualidade de
vida necessária para todas as classes da sociedade tocantinense. Reportando o
que observamos anteriormente que um grupo de políticos e empresários tomou
posse do estado como se fossem dono e grande parte da sociedade só fica
assistindo de fora sem ter participação nesse desenvolvimento, com isso
entendemos a dificuldade de ser um estado democrático da livre iniciativa e da
justiça social.
REFERÊNCIAS:
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